segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SILÊNCIO

O silêncio povoou-se de mistério,
de murmúrios de sombras, de lembranças
passadas de amargura! em um império
do mais atroz domínio… não descansas,
oh doida inquietação, de me ferir…
de me rasgar de todo o coração,
cansado de bater, ansioso de partir!
Espectros de mim mesma avultam na distância,
perdidos no jardim da minha infância!
Das rosas que esfolhei, ao longo do caminho,
é tudo noite morta, lívido abandono,
tristeza, vago outono,
poeira que o vento leva em desalinho…

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