quarta-feira, 14 de julho de 2010

Visão de espanto

Oh, bárbara tristeza:
O sobreiral, numa revolta muda,
Em mágica e fantástica beleza,
Sangrento, se desnuda!
Atrai-me esta tortura
Do trágico arvoredo,
Esta amargura
De fulvo espanto, de ansiedade e medo!

Olho a distância, o sol vermelho, ao fundo:
O sol tomou a cor do «sobro» mutilado…
E visões de outro mundo
Acordam, de repente,
Á flor do mar desvairado
Da minha fantasia incandescente!

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