quarta-feira, 2 de junho de 2010

Oração

Oh Além-Tejo!... Eu sinto essa beleza
Que só os nossos olhos sabem ver!
Qualquer coisa de nós… pena… tristeza…
Nem sei como dizer!
Abrindo o meu olhar à luz intensa
Do sol que resplandece,
Fico a adorar a minha terra imensa:
Envolvo-a numa prece!
Minha terra de fogo, minha vida,
Campos de oiro sem fim!
Ocasos, na planície adormecida,
Vozes que surgem a chamar por mim!

Sei lá dizer porque te quero tanto,
Oh minha irmã de luz!
Clara visão de encanto,
Que o meu olhar traduz!
Cerro os olhos, depois, devagarinho,
E fico a respirar o teu aroma forte:
Os estevais, a giesta, o rosmaninho!
E eu agradeço a Deus a boa sorte
De seres minha, oh terra de tristeza
E das meditações, - em áureo sonho acesa!

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