Minha alma é louca labareda,
que ora volteia, ora se alonga, desmedida,
como a querer ultrapassar a Vida;
e ora de espanto, lívida, se queda!
Arde em longínquo descampado,
batida pelo vento,
e a sua luz é escuro pensamento
alucinado!
Arde em fatal deserto,
onde tudo parece vago, incerto…
Nem sol, nem lua;
(o vento, aos brados, a crescer mais forte…)
e a crueldade, indiferente e nua,
da Vida, a reflectir sombras da Morte…
A Páscoa no adagiário português
Há 16 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário