terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TÉDIO

O tédio que abrange
as horas paradas
da minha existência,
sem bem e sem mal,
como um sino tange,
de noite e de dia,
secas badaladas
de monotonia,
numa persistência
sobrenatural:
sepulta em poeira
e desolação
uma vida inteira!

No silêncio ecoa
e estagna no ar…
Aumenta, resiste…
e tudo atordoa…
E apenas existe
no vago pulsar
do meu coração!

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