quarta-feira, 23 de março de 2011

FRÉMITO AO LUAR

Arrepios de sombras inquietas
perturbam a noite, meu vago cismar!

Do vento se ergueu
um leve murmúrio
por entre a folhagem;
e, tal como eu,
perdida no mar
do meu pensamento,
ele estremeceu,
desperto no vento:
o vago murmúrio,
por entre o arvoredo,
quebrando o silêncio
de vidro da lua,
parado no ar!

Passou, como um sopro,
nas asas do vento!
durou um momento:
frémito ao luar…

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