segunda-feira, 16 de maio de 2011

FRONTEIRA DE BRUMA

A fronteira de bruma, onde não chego,
fica sempre depois desse limite
que não ultrapassei ! Um desapego
de tudo o que não venço mais transmite,
à minha desistência, uma apatia
enorme de silêncio que me aterra:
Talvez, por indecisa covardia,
me torna a qualquer luta indiferente!
Pasmo das sombras mortas onde caio
em desânimo estéril sobre a terra,
sem o lucro bendito da semente!
É como se um desmaio,
uma inércia imprecisa,
me tolhassem de todo o movimento,
em renúncia total!
Morre-se em vida, assim, sem dar por tal:
Na fronteira de bruma… em sacramento!

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