Há símbolos de agoiro na penumbra
da sombra que se esvai na minha ideia!
Já nada me deslumbra,
e tudo apaga mão febril na areia!
No meu cismar de absorto pasmo,
na escuridade
do meu ser miserando,
ecos sinistros uivam, num sarcasmo,
riem de mim! e tudo vai passando,
nesta inclemência, nesta tempestade!
Mãos esguias do vento abrem-me as portas…
mil vidas que eram minhas dispersaram…
todas as árvores secaram…
que intérmino esvoaçar de folhas mortas!
Quem sou? quem sou? Minha alma em vão procura
o que lá vai! que noite de amargura
me envolve em treva…
Tudo, na treva absurda, o vento leva!
Estórias do autor
Há 4 dias
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