segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AQUELA SAUDADE

Aquela saudade,
pregada no peito,
doeu-me tão fundo
e pesa-me tanto
que até me parece
o peso do Mundo,
molhado de pranto!
uma flor de penas,
uma flor tão leve
que mal se descreve
num sentir, apenas,
mas tanto magoa…
como quem não esquece
e nunca perdoa!

Numa gota de água,
toda a imensidade
pode reflectir-se…
nessa flor de mágoa
e desilusão,
quanto mal profundo,
em dor, foi abrir-se
no meu coração

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