quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DESESPERO

Inútil e sombrio desespero:
eis o que resta da perdida imagem
da batalha da Vida… Já não quero
erguer, de novo, a lança, na miragem
de triunfos e glórias…nada espero…

O manto, esfarrapado, as ilusões perdidas
(inutilmente as ergo, as recomponho)
uma a uma se foram dispersando…
como pombas desertam! Já vencidas,
as minhas mãos cansadas vão lançando
ao revoltoso mar da minha inquietação
o que resta de sonho,
e coração
ainda a crepitar
para afogar…

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