domingo, 13 de fevereiro de 2011

LABIRINTO

Eu nunca me encontrei… Num labirinto
de imagens e de assombros fui dispersa
em pensamentos vãos…
Nas minhas mãos
há uma sina diversa
que aumenta a grande dúvida que sinto
no meu cismar!
Ideia movediça e inconstante
como vaga do mar,
onde a paisagem muda a cada instante !
E tudo em mim se perde e transfigura,
cada passo é contrário ao meu desejo:
se o que eu achara bem era loucura,
hoje, tudo que é mal, já nem o vejo!

Desfolham-se na sombra dolorosa
e, em desencontro surgem, de momento,
as ilusões de outrora…
como vaga de pétalas de rosa,
à luz de aurora,
trazidas pelo vento!
Estrelas fúlgidas a abrir,
em relâmpagos de oiro pelo espaço
de um pensamento ao outro: revoada
de sensações ainda por sentir,
miragens que desejo ou despedaço:
desencontros em mim, ao longo da jornada!

Sem comentários: