sábado, 10 de setembro de 2011

CAMINHO VERDE

Vesti-me de folhas de Outono, vermelhas,
de mosto e violetas:
Vi oiro e cristais no voar das abelhas
e prata nas asas duma borboleta !
Escrevi poemas
com a tinta preta
das amoras velhas,
sobre verdes temas !
Sobre nuvens baixas que o poente esgarça
descobri arcadas, paços em ruínas…
Continuando o sonho e aumentando a farsa,
debruei imagens…com as pedras finas !
Alheia do Mundo, despi-me de mágoa
e rasguei penumbras…desfiz ansiedade
em seixos perdidos num murmúrio de água…
Sinfonia verde e em tom natural:
personalidade,
em calma saudável,
de paz vegetal !

No caminho verde-esperança da relva,
segui o destino ondulante e provável
dos bichos dormentes do bosque, da selva !
Nas estrelas bravas recortei, a cores,
magia e segredo…
vi sol de vidrilhos sobre o arvoredo
a rir na minha alma em grinalda de flores,
na pausa, em aberto, de imaginação,
sobre um mundo verde,
rolando, indolente, sem prantos ou ruídos
alheios à causa do meu coração !
numa segurança que nunca se perde;
relógio de sol, em tempos de vida…
instantes medidos
a passos no chão…
Abri olhos de água, na margem vestida
de musgo de seda…na minha ilusão !

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