sábado, 10 de setembro de 2011

PENA

(À irmã Maria Catarina)

Tenho pena de tudo que me cerca:
de mim, de ti, de todos que assemelho
à vida que se perca…
Uma pena sem nome, sem limite,
que adere à pele, ao sangue, aos meus sentidos
e entorna uma tristeza que transmite,
num tom geral de quebra-luz vermelho,
medos desconhecidos;
medos que esplendem nessa luz estranha
e afogueiam o espelho
da minha Alma ! Num fundo musical,
desarmonia bárbara acompanha
estas visões: amargas dissonâncias !
Tudo se vive em drama: arde, envenena
um ramo de magnólias sobre a mesa
na jarra de cristal,
a perturbar distâncias…
a desfolhar de pena…

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