sexta-feira, 25 de março de 2011

TERRAS MORTAS

Terras mortas, em «calma» adormecidas,
neste reino cinzento de oliveiras,
onde a vida parou: como esquecidas
em silêncio profundo,
lá nos confins do mundo!
À sua volta, turbilhões de poeiras…
e uma cinza diluída
em prata fosca: os olivais sem fim!
lampadários eternos sobre a Vida,
que, a distância, são relvas de jardim!
E recorta-se, abstracta, a sua imagem
sobre o chão afogueado,
sobre a tristeza bárbara e selvagem
do descampado

Inertes de indolência, na quietude
do Tempo, as Terras mortas,
numa eterna apatia de atitude,
mudas, fecham ao Mundo as suas portas!

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