Ao grande elegíaco de Além-Tejo:
Mário Beirão
«Ó planícies extáticas», dormentes,
Vão beijar-vos meus olhos desbotados,
Cor da azinheira triste dos montados,
Como pegos, à noite, reluzentes!
E, assim, ao ver-vos, quedam-se frementes:
Terras sem fim, restolhos abrasados,
Infindos horizontes, descampados,
Miragens que me trazem os poentes…
Nessa hora de inertes desalentos,
Fico-me a olhar, profundamente calma,
As vestidões… um mar de pensamentos!
Barros sangrando… cal de incertos «montes»…
Oh Além-Tejo, oh alma da minha alma,
Bate o meu coração nos horizontes!
Estórias do autor
Há 1 semana
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