Daqui, da minha Torre de Menagem,
Vejo florir, ao longo da planície,
«Montes» caiados vindo à superfície,
Como beijos de luz sobre a paisagem.
E, longe, muito longe, que miragem!
Um traço azul, Senhor, como se eu visse
O mar imenso, além, que nos abrisse
A novos horizontes a passagem!
Quem me dera partir, pelo mar fora!
Sonhar de novo, à luz de cada dia,
As ilusões que em mim senti outrora!
Quanta imaginação! Quanta amargura!
Por esse mar de louca fantasia,
Meu pobre coração vai à procura…
Estremoz (na Torre de Menagem)
Primavera de 1939
Estórias do autor
Há 1 semana
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