Pucarinhos de barro, quem me dera
Sentir, na minha boca, essa frescura
Da vossa água perfumada e pura,
Que me traz o sabor da primavera!
Quanta boca ansiosa vos procura,
Num símbolo de crença e de quimera:
Simples imagem viva, bem sincera,
Dum mundo de ilusões e de ternura!
Meus santos pucarinhos, milagrosos,
Cumprindo as gratas obras do Senhor,
Dando de beber aos lábios sequiosos:
Minha boca vos beija com fervor,
Como se, noutros tempos luminosos,
Beijasse ainda o meu primeiro amor!
Estórias do autor
Há 1 semana
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