Agosto em brasa… O céu, de zinco ardente,
Palpita em «calma», desde a madrugada,
E a terra inteira seca, revoltada;
Todo o arvoredo sangra, impaciente!
Os «restolhos» crepitam na «queimada»
Deste sopro de lava incandescente,
Que se reflecte em fogo, no poente,
Em mágica visão alucinada!
Nem mesmo quando chega a noite escura,
Um bálsamo suave de frescura
Envolve a terra em místico sudário!
Mas, por que fantasia de ternura
Minha alma alentejana só procura
Este louco e fantástico cenário?
Estórias do autor
Há 1 semana
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