Venho encontrá-la já quase a morrer,
A minha pobre «esteva do montado»,
Que, antes, eu vira alegre, florescer,
Junto à «linda» riscada pelo arado!
Levei ao Casalinho de Bel Vêr
A rainha do grande descampado;
Mas ela não quis mais ali viver,
Sem «maios» e «roselas» ao seu lado.
Falta-lhe o ardor do sol alentejano,
Aquela sombra amiga dos sobreiros…
Já não teve as «geadas» deste ano.
E morre de saudade e nostalgia,
Sem ter o barro e a cal por companheiros,
Queimada pelo ar da maresia…
Casal de Bel Ver – Ericeira *
Outono de 1935
*casa dos seus Avós Maria Catarina de Sousa Coutinho e Alberto Osório de Castro
Estórias do autor
Há 1 semana
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