Perdeu-se pelos ermos da lonjura
meu coração:
de mágoa ensanguentando a noite escura,
trespassando-a da sua inquietação!
Errou, errou, a soluçar no vento,
abrindo-se em relâmpagos no espaço;
rugiu na tempestade… e, num areal sedento,
ardeu… até volver-se em fumo torvo e baço!
Hoje é lembrança vã, é pó, esquecimento…
mas, dentro do meu peito, a sua ausência
sangra, de noite e dia,
brilhando com sinistra refulgência…
(faz-me cruel e doce companhia!)
Humana e rubra flor,
desfolha-se de dor…
Estórias do autor
Há 4 dias
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