sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O ROUXINOL

O rouxinol cantara à Noite imensa,
(sobre este freixo, aqui, mesmo ao meu lado…)
cantara, como em sonhos, embriagado
de luar… e a Noite, em sua voz, era suspensa…

Cantou! Cantou! A Noite, por encanto,
abriu-se em flor… e, leve e pura e calma,
rescendia de Graça… o rouxinol cantava…

Porque, meu Deus! a espaços, entretanto,
de gostoso sofrer, baixinho soluçava,
erma e triste, a minha alma?

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