terça-feira, 30 de novembro de 2010

VOLVE AO PASSADO!

Volve ao Passado, incerto desespero
desse tempo perdido que se esvai:
Sonâmbula distância…
De pálpebras cerradas, a Lembrança,
nem ao menos se cansa
de olhar, além da sombra, o que lá vai!

Volve ao Passado,
abrindo o livro de Horas
em oração de pétalas desfeitas,
num sopro de poeira, no caminho…
e, na estrada deserta,
apunhalando a tua consciência,
completa a decadência
da tua sombra incerta!

Sem covardia,
encara e vê o que lançaste ao vento!
quanto tempo perdido…
quanta luz apagada num momento!

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