À memória querida do meu Avô
Aberto Osório de Castro
Partiu contigo, Avô, toda a beleza,
que, em teu espírito, alada, resplendia:
fui o vitral, ao sol, que a reflectia,
confusamente, em pálida incerteza!
De ti vinha a Poesia!
Teus versos, que sonhavam primaveras,
tinham a luz das asas das Quimeras;
doiravam-me de sonho a natural tristeza!
Mas, não morreste, não! Eternamente,
o teu anseio eleva-se mais forte:
é Vida a perpetuar-se, além da Morte!
Mas, eu naufrago no meu sol-poente!
Estórias do autor
Há 4 dias
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